sexta-feira, 24 de janeiro de 2025

Nota de Esclarecimento

         NOTA DE  ESCLARECIMENTO


        Alagoas é um dos Estados mais ricos em sua cultura, com destaques na música, artes cênicas, artes visuais, cinema, teatro, dentre tantas manifestações. Algo que nos orgulha e muitas destas mesmas manifestações tem entidades organizadas que regulamentam ou defendem seus representantes, tais como sindicatos. Toda atividade tem critérios para exercê-la, tal como cursos e regulamentações, até mesmo para proteger seus profissionais de abusos, aproveitadores que podem por em risco a saúde, bem-estar e a fé pública. Pois se alguém desqualificado se apresenta como médico, sem nenhum tipo de capacitação e averiguação de sua capacidade, pode colocar a vida de terceiros em risco. Se uma pessoa se apresenta como Jornalista, sem ter frequentado um curso e demais averiguações, pode não colocar vidas em risco, mas atinge em cheio a fé pública, pois a pessoa se passa por algo que não é. 

Da mesma forma é a cultura popular, que não tem um curso formal para o desempenho de uma atividade, mas tem, por exemplo, pessoas que, com o tempo, são reconhecidas como Mestres da Cultura Popular, graças ao seu tempo dedicado à uma ou várias manifestações, e só o tempo lhe dará esse reconhecimento, já  que mestres populares são aqueles que detêm o saber fazer, a memória social da comunidade e das suas tradições. São pessoas dotadas de saber notório, reconhecidas entre seus pares e por especialistas. Quando uma pessoa, principalmente, sem bagagem social e cultural com tempo reconhecido por sua comunidade, se apresenta como mestre da cultura popular, sem essa experiência, ela está nada mais, nada menos que se apropriando indevidamente de um título que não lhe cabe, criminosa e levianamente, pois não tem nem a comprovação, nem tampouco o reconhecimento de sua comunidade para tal. 

Infelizmente nos deparamos com casos de jovens (ou nem tanto) que se apropriam desta qualificação para seu bom prazer, mas sem nenhuma bagagem para tal, caracterizando o oportunismo e desqualificação peculiares a quem tanto maltratam nossos mestres e mestras populares, que são jogados de escanteio, por total desconhecimento da população. Com isso, é bom saber que para um jovem ser reconhecido como mestre da cultura popular, ele precisaria de muita dedicação e reconhecimento por parte de pessoas de sua comunidade, além de um histórico familiar ou de vida (vocação) que o justifique. 

É natural, que a cultura popular seja vítima de pessoas sem caráter que se aproveitam de nossos mestres, mestras e brincantes, pois os oportunistas não têm a menor consideração e respeito por nossos mestres, usando-os para sua autopromoção, por isso temos que estar atentos a criminosos, sim, se passar pelo que não é, se trata de estelionato como diz a nossa Constituição: O crime de 171 é o estelionato, que consiste em enganar alguém para obter vantagem ilícita. A pena para este crime é de reclusão de 1 a 5 anos e multa. O estelionato é um crime que atenta contra o patrimônio. O criminoso pode utilizar artifícios, ardil ou qualquer outro meio fraudulento para induzir ou manter alguém em erro. Com isso tenhamos cuidado com falsos mestres populares, sem histórico familiar na cultura popular e sem seu devido envolvimento.

Nos mantemos atentos e solidários aos reais mestres e mestras de nossa cultura popular.


Maceió/AL, 23 de janeiro de 2025

          Atenciosamente, 



IVAN BARSAND


Presidente