O projeto Giro dos Folguedos voltou a ocupar o Centro de Maceió com as cores, sons e ritmos de grupos tradicionais da cultura popular. Na tarde desta quarta-feira (21), 11 grupos se apresentaram nos cinco palcos montados ao longo da Rua Senador Mendonça. As apresentações integram o calendário festivo do município em homenagem ao Mês das Tradições Populares, que prevê ainda um grande momento de debate e reflexão acerca das políticas públicas para o setor, a ser realizado amanhã, a partir das 15h30, no Museu Théo Brandão de Antropologia e Folclore.
O Giro dos Folguedos é uma realização da Prefeitura de Maceió, por meio da Fundação Municipal de Ação Cultural (FMAC), em parceria com a Secretaria de Comunicação. A programação segue no próximo sábado, quando 30 grupos se apresentarão, a partir das 16h, no calçadão das praias de Pajuçara e Ponta Verde. Para encerrar, dia 31, as exibições serão nos bairros de Ponta Grossa e Jacintinho.
Na tarde desta quarta-feira, os responsáveis pelo encantamento do público foram os grupos Mamulengo das Alagoas, Fandango do Pontal, Coco de Roda Mulher Rendeira, Guerreiro Vencedor Alagoano, Bumba Meu Boi Vingador, Baianas Mensageiras Santa Luzia, Maculelê Ya Capoeira, Boi Bumbá Alagoano, Afoxé Ojum Omim Omorewá, Balé Folclórico Transart e o Quilombo de Limoeiro de Anadia.
O gari Bernardo de Albuquerque se disse sortudo e explica porque: “Como trabalho aqui no Centro tenho sempre a oportunidade de assistir as apresentações culturais. Gosto de todos, mas hoje esse Quilombo me chamou muito a atenção”.
Ciente do elogio feito, o mestre do Quilombo agradeceu a acolhida do maceioenses e se disse orgulhoso de estar se apresentando com a meninada de Limoeiro na capital. “Só temos a agradecer pelo convite da Prefeitura de Maceió”, disse.
O diretor de Produção Cultural da FMAC, Keyler Simões, comemora o sucesso desta terceira edição do projeto. “Estamos criando o hábito na população de prestigiar os folguedos e o público tem sido cada vez maior por onde passamos”, ressalta.
O presidente da Fundação, Vinicius Palmeira, também mostra-se feliz com os resultados do Giro dos Folguedos: “Estamos criando palcos, gerando renda para os grupos e difundindo suas belezas”. Ele chama a atenção para a necessidade de dar continuidade a esse processo de valorização e de formação dos fazedores da cultura popular e convida a todos para debater o assunto no evento de amanhã.
O grande debate sobre as tradições populares é fruto da parceria firmada entre FMAC e Universidade Federal de Alagoas (UFAL) que culmina em uma edição especial do projeto Munguzá Cultural com palestras voltadas para a cultura popular.
O Munguzá acontece amanhã, a partir das 15h30, no Museu Théo Brandão e contará com as presenças do antropólogo, presidente do Fórum Permanente para as Culturas Populares e mediador da Rede de Culturas Populares e Tradicionais (RCPT), Marcelo Manzatti; e da cientista social, mestre pelo Programa de Educação Patrimonial do IPHAN e consultora técnica do Pró-Memória SECULT-AL, Nadja Rocha.
Clarissa Veiga / Ascom FMAC.
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