De norte a sul do estado, o colorido das fitas, os espelhos nos chapéus, tecidos enfeitados, e roupas exuberantes, abrilhantam a cena de forma peculiar durante as apresentações dos grupos de folguedos alagoanos. No mês da comemoração das Tradições Populares, o folclore alagoano parece ressurgir diante de grandes dificuldades enfrentadas pelos brincantes – denominação dada aos participantes dos grupos de dança e folguedos – que buscam dar continuidade a tradição.
Mesmo com a inovação, a realidade vivida pela Rainha Anadeje Morais da Silva, do grupo Guerreiro Leão Devorador, é totalmente diferente. Após receber o grupo de herança da mãe, a mestra Maria Vitória, há 17 anos, Anadeje enfrenta dificuldade para encontrar componentes. Segundo ela, o interesse dos jovens pela cultura é pouco, e com o envelhecimento dos brincantes, lacunas são deixadas e a esperança de levar adiante a história alagoana vai diminuindo. “Estou com algumas danças paradas, pois não encontro ninguém para ser mestre e também tocar os instrumentos”, frisou.
Gilca Cinara - Cada Minuto
Nenhum comentário:
Postar um comentário